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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Miriam Leitão e “A saga brasileira”


Li, recentemente, uma resenha sobre o livro “Saga Brasileira” da economista e jornalista Miriam Leitão e quase, quase.... decidi comprá-lo. Refleti e saí à procura. Naquele momento o livro ainda não havia chegado às prateleiras de livrarias da minha cidade. O desejo se deu mais em função da necessidade de buscar mais informações do que por admiração pela autora.  Por fim, compreendi tratar-se de uma narrativa de fatos com viés de apologia à direita, idolatria a Fernando Henrique Cardoso, aversão explícita ao Lula e a tudo que represente classe miserável no Brasil. Enfim, achei desnecessário, num momento em que a inflação volta a nos ameaçar, gastar um valor considerado exorbitante pela aquisição de um livro, levando-se em conta  uma leitura que não inova, que não agrega valor nenhum, portanto, não me acrescentaria nada. Melhora acatar os conselhos daquele economista pobrezinho da Rede Globo e poupar esses cinqüenta reais, porque pobre quando começa a consumir ou tiver acesso a muita informação, ah! Meu Deus incomoda muito as elites. Aí eles começam a criar problemas atulhando aeroportos, tumultuando o trânsito nas grandes cidades que nunca teve tantos veículos nas ruas, reivindicar melhorias porque têm mais acesso à educação. Educação? Ah, meu deus, pobre educado causa muito incômodo, a tal massificação do ensino superior fere os olhos dos poderosos do país. Então, convenhamos, é melhor manter os pobres longe dos livros dos economistas brasileiras, sabe por quê? Se não conseguem contribuir com alternativas para melhoria da infra-estrutura do país, para a redução da desigualdade social e da corrupção política, melhor que consigam manter sob rédeas curtas a massa de ignorantes que grassa nos bolsões de miséria desse país.  Sei lá, acho que acabo comprando o livro; nunca nesse país pobre teve tanto acesso a crédito: vou dividir em cinco parcelas no cartão de crédito. Quem sabe eu consiga alcançar algo de novo no arsenal contra os miseráveis? 

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